quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sinais do tempo - Restauro dos comandos de guiador.

O tempo não perdoa. A humidade também não. Com a idade a tinta não resiste e fica frágil. Por muito cuidado que se tenha o uso começa a fazer as suas mazelas. O sol e as temperaturas que se apanham na estrada são grande inimigos da tinta. Grandes males, grandes remédios. Toca a documentar mais uma aventura. Tentando documentar o máximo possível.

Começando pelos comandos do lado esquerdo. Como se vê na foto, as letras TURN, Setas , HI, LOW já saltaram.

Mesmo sabendo que provavelmente será difícil repôr as letras como estavam de fábrica, não hesito a desmontar as peças para as "descascar" da tinta velha e do óxido de alumínio que se formou.

O interior estava cheio de pó. Nada que não se esperasse. Boa oportunidade para limpar e aplicar um produto repele humidades/limpa contactos.

 Separados do "miolo", começa a etapa seguinte.
 Quase dá vontade de deixar o alumínio limpo ao natural, Mas infelizmente não demorava a estragar-se.
Depois de aplicado o primário e uns retoques com lixa de água, fica concluído o trabalho.  O flash não faz justiça à tinta, que sendo brilhante dá um efeito de reflexo. (Nice)




 Por agora, fica assim. Se encontrar forma de aplicar as letras directamente, farei a experiência, senão também há a hipótese de meter uns autocolantes.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Opiniões

Estamos num país que a opinião e o ser melhor é que reina. Adoro a minha moto. Há dias que fico a mirar os outros ferros... mas depois recordo-me da agilidade que o meu ferro tem e o sorriso é inevitável. A inveja que ficam ao ver a forma como me esgueiro pelos sítios mais apertados é algo sem comparação.
Claro que a inveja aparece sempre. 
Comentários...
do pessoal com complexo de inferioridade: ".. mas é fraquinha.." "..Gosto de cilindradas maiores..."
dos aceleras: ".. só tem 250 cc..." ".. isso fica logo para trás .."
do pessoal que não encontra estacionamento: ".. isso ocupa um lugar de um carro.."

Já pensei em "reformar" o meu ferro.. mas sinceramente o que teria de abdicar faz pensar bem no assunto. Um ferro mais possante iria significar outro tipo de despesas que não almejo. Os locais onde vou com o meu ferro não estão assim tão longe, que justifiquem a mudança. A economia de combustível iria pela janela. Mesmo a carburadores, a média de consumo anda longe dos outros ferros.

Um factor que vejo no pessoal que tem ferros maiores, é sempre a questão do status. Bem, não tenho nada a provar. Sei quem sou e do que sou capaz.

Os momentos de "oficina" era outra coisa que iria perder se trocasse. Nas cilindradas maiores não conseguiria fazer as mesmas operações que faço sozinho. Teria de recorrer a oficina ou a um ajudante. Coisa que não abunda por aí.

Sempre que leio mensagens na net de pessoal que "evoluiu" para cilindradas maiores ou estilos diferentes, está presente a nostalgia e mesmo arrependimento de terem mudado de montada.
A fiabilidade que este motor tem revelado é quase impossível de descrever. Posso ser um sortudo, mas nunca fiquei apeado com ela. Se bem que uma vez tive de a levar às costas até a próxima descida até pegar de empurrão. Nesse dia, o que eu não teria dado por um kick start. Isso é outra coisa que eu tenho saudades. Haverá coisa mais linda que um gajo a meter o peso em cima do pedal para ouvir aquele som de um motor a pegar. Nisso tenho saudades das BMW clássicas.

Está decidido. Mesmo que adquira outra montada, esta fica na "família".